Escrevi este texto assistindo um documentário brasileiro de mesmo nome.
Acho que estou ficando uma pessoa amarga: não consigo compreender esse mundo de gente preocupada com o aquecimento global, enquanto ainda existem crianças cortando sisal e quebrando pedra.
Me questiono se é possível uma criança aprender a respeitar a natureza se ela não respeita o próprio corpo, se não respeita o próximo... aquele que estuda na carteira ao lado.
Os ecologistas de plantão vão questionar a “sustentabilidade” do mundo e outros temas da moda. E a “sustentabilidade” do ser humano? Os direitos básicos? O direito a uma infância digna?
Me pergunto porque as pessoas não se indignam mais com a miséria e a violência? Com a sensualidade exacerbada das crianças e a violência sexual praticada rotineiramente contra elas? Com esse consumo desenfreado que limitou a vida a comprar, vender, ganhar e, porque não, ser comprado?
Estou me tornando uma pessoa amarga... talvez até piegas... mas essa amargura também me torna uma pessoa sensível as mazelas do mundo. E isso é o que me diferencia nesse mundo capitalista massificado.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
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