quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A invenção da infância.

Escrevi este texto assistindo um documentário brasileiro de mesmo nome.

Acho que estou ficando uma pessoa amarga: não consigo compreender esse mundo de gente preocupada com o aquecimento global, enquanto ainda existem crianças cortando sisal e quebrando pedra.

Me questiono se é possível uma criança aprender a respeitar a natureza se ela não respeita o próprio corpo, se não respeita o próximo... aquele que estuda na carteira ao lado.

Os ecologistas de plantão vão questionar a “sustentabilidade” do mundo e outros temas da moda. E a “sustentabilidade” do ser humano? Os direitos básicos? O direito a uma infância digna?

Me pergunto porque as pessoas não se indignam mais com a miséria e a violência? Com a sensualidade exacerbada das crianças e a violência sexual praticada rotineiramente contra elas? Com esse consumo desenfreado que limitou a vida a comprar, vender, ganhar e, porque não, ser comprado?

Estou me tornando uma pessoa amarga... talvez até piegas... mas essa amargura também me torna uma pessoa sensível as mazelas do mundo. E isso é o que me diferencia nesse mundo capitalista massificado.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

“Dias sim, dias não eu ou sobrevivendo sem um arranhão, da caridade de quem me detesta”.

Para!! Para de fingir que esta me ajudando,
Que é caridoso, que faz tudo isto por mim...
Eu sei muito bem quem você é, não pense quem me engana:
Ou você acredita mesmo que engana alguém?

Não me venha com essa de que gosta de mim,
Pensa que eu não sei das suas conspirações...
Você me vigia, eu te vigio e assim a gente vai se observando...

Tô meio cansado de ficar te provando pra que você me aprove.
Tô cansado de você me dizer o que fazer, como fazer, quando fazer...
Pra mim chega! Chega, ta ouvindo... Chega.
Não quero mais te ouvir! Você não tem mais nada pra me ensinar.

Para! Já não quero mais ser parte deste teu jogo sem reflexões.
Já não quero mais fingir que esta tudo bem....
Já sei muito bem sobreviver sem este teu olhar de desprezo
De piedade.
Basta!
A.M.C.G.